A gargalhada gostosa de uma criança escutada ao fundo. O jeito de andar altivo daquela mulher elegante. O refrão de uma música ou uma frase escutada que insiste em não sair da cabeça. São dessas pequenas coisas que partem a maioria dos textos aqui publicados. Pequenas coisas que acontecem todo dia à todo momento. Comigo, não necessariamente comigo, com você e com qualquer outra pessoa que se arrisque no perigoso movimento de respirar. Um movimento simples e corriqueiro, tal qual lavar roupa no final de semana.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Não é para mim


  É, não é para mim. Afinal, isto não poderia dar certo, aliás, isso só poderia não dar certo. Mas o importante dessa vez não é o desfecho, esse foi sempre o mais claramente delineado que já existiu, o acontecimento diferente foi a ausência de tristeza. Foi tão certo que não houve surpresa, que não houve choro nem raiva nem traição. A consideração, o respeito e o cuidado com que foi feito foram tão destacados que não restou espaço para outros tipos de direcionamentos desfavoráveis. Puseram-se os fatos de maneira tão harmonicamente carinhosa que só me restou dizer: “tudo bem, seja feliz”. Infelizmente, não foi comigo, não desta vez, não, de novo.
     C’est l avie... você tomba, bate, chora,levanta, sorri... da alguns passos... tomba de novo; acontece nas melhores famílias... e nas piores também.

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