Que
tal estar no estado das coisas como elas estão hoje? E, então, como vai você
exatamente agora? Difícil ter esta noção assim tão clara hein?
Pois
é, eis que de repente, meio assim sem querer, no intermédio de alguma atividade
rotineira real e absolutamente sem importância, você para um segundo com a
força desse pensamento: “mas o que é que eu tou fazendo da minha vida agora?”
“Putz!
Meu”. Você se auto-retruca. “Puta pergunta difícil. Não tinha outra coisa pra
pensar agora não?” Sim, dá para achar engraçado. E dá uma preguiça de responder
também...
Mas
aí você realmente “pára para pensar” e percebe, meio assim sem querer, que está
bem! Que no final das contas, subtraindo a soma do quadrado da sua recusa, que
é igual à soma do quadrado de seus desesperos, e repassando a multiplicação da
vontade de conhecer as incógnitas para o lado divisório de responsabilidades,
você sabe que o “x” da questão é o ângulo pelo qual se olha.
E,
você está até indo bem. Olha só que coisa! Daí você tem uma sensação clara e
quase corpórea de que essas pressões todas não são suas, de que essa redoma de
preocupações urgentes não tem urgência factual alguma. Daí você relaxa e faz alguma
coisa que gosta. Nossa, como isso é raro na cultura
anglo-latino-árabe-oriental-saxônica contemporânea!