Sinto
saudade de escrever, muita saudade mesmo, pois este é um bom movimento, um bom
exercício. Um exercício de mim, do que penso e do que passo. Estava pensando em
ser menos metódica, em me deixar levar mais nessas publicações, pois certamente
escrevo numa frequência bem maior em relação a qual publico. Acontece que ainda
paira em mim um pouco daquele espírito de “escrita fina“, de escrita bem
conjugada, bem regida e bem concordada; que acaba por se tornar uma escrita
mais engessada também. Estimo estas coisas, mas acontece que existem diferenças
fundamentais entre estes textos e o que gostaria que meus amigos soubessem de
mim. Vou retomar um pouco a ideia original de um blog, o de uma escrita de si.
Este será um diário de acesso livre, porém com algum rigor e imaginação
literária.
A gargalhada gostosa de uma criança escutada ao fundo. O jeito de andar altivo daquela mulher elegante. O refrão de uma música ou uma frase escutada que insiste em não sair da cabeça. São dessas pequenas coisas que partem a maioria dos textos aqui publicados. Pequenas coisas que acontecem todo dia à todo momento. Comigo, não necessariamente comigo, com você e com qualquer outra pessoa que se arrisque no perigoso movimento de respirar. Um movimento simples e corriqueiro, tal qual lavar roupa no final de semana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário