A gargalhada gostosa de uma criança escutada ao fundo. O jeito de andar altivo daquela mulher elegante. O refrão de uma música ou uma frase escutada que insiste em não sair da cabeça. São dessas pequenas coisas que partem a maioria dos textos aqui publicados. Pequenas coisas que acontecem todo dia à todo momento. Comigo, não necessariamente comigo, com você e com qualquer outra pessoa que se arrisque no perigoso movimento de respirar. Um movimento simples e corriqueiro, tal qual lavar roupa no final de semana.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Vislumbre

     Sim... eu não sei. Afinal de contas, acho que eu não sei. Essas possibilidades começam a ventilar em minha cabeça e acho um pouco estranho que isso aconteça agora. Acho que, enfim, alcancei a tal da maturidade, consigo me enxergar e olhar em volta, e ver que conexões e similaridades existem entre uma coisa e outra. Não, não sou mais apenas aquela criança birrenta que diz: ”Não vou por aí!”. Agora tenho um querer mais definido. Parece tão simples! Não sei porque demorei tanto tempo para admitir isso. Estou pronta. Estou pronta para ser eu, para me fazer livre. Finalmente me vejo planejando meu futuro, não apenas pelo plano em si, pela apreensão metódica do devir, mas pelo fato de ter estes planos direcionados por algo que sou eu, que realmente me satisfaz e que me faz feliz.
     Sinto que tenho que agarrar as possibilidades_ e criá-las também. Sinto o mundo como receptivo a mim e como se a única coisa que tivesse que fazer fosse me mostrar. Vislumbro um depois, um depois que não é apenas calcado em sonhos_ sim, é constituído também por eles_, mas que também tem os pés na realidade. Olhar em direção aos céus com os pés fincados na terra.

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