A gargalhada gostosa de uma criança escutada ao fundo. O jeito de andar altivo daquela mulher elegante. O refrão de uma música ou uma frase escutada que insiste em não sair da cabeça. São dessas pequenas coisas que partem a maioria dos textos aqui publicados. Pequenas coisas que acontecem todo dia à todo momento. Comigo, não necessariamente comigo, com você e com qualquer outra pessoa que se arrisque no perigoso movimento de respirar. Um movimento simples e corriqueiro, tal qual lavar roupa no final de semana.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Menos Metódico


Sinto saudade de escrever, muita saudade mesmo, pois este é um bom movimento, um bom exercício. Um exercício de mim, do que penso e do que passo. Estava pensando em ser menos metódica, em me deixar levar mais nessas publicações, pois certamente escrevo numa frequência bem maior em relação a qual publico. Acontece que ainda paira em mim um pouco daquele espírito de “escrita fina“, de escrita bem conjugada, bem regida e bem concordada; que acaba por se tornar uma escrita mais engessada também. Estimo estas coisas, mas acontece que existem diferenças fundamentais entre estes textos e o que gostaria que meus amigos soubessem de mim. Vou retomar um pouco a ideia original de um blog, o de uma escrita de si. Este será um diário de acesso livre, porém com algum rigor e imaginação literária. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Não é para mim


  É, não é para mim. Afinal, isto não poderia dar certo, aliás, isso só poderia não dar certo. Mas o importante dessa vez não é o desfecho, esse foi sempre o mais claramente delineado que já existiu, o acontecimento diferente foi a ausência de tristeza. Foi tão certo que não houve surpresa, que não houve choro nem raiva nem traição. A consideração, o respeito e o cuidado com que foi feito foram tão destacados que não restou espaço para outros tipos de direcionamentos desfavoráveis. Puseram-se os fatos de maneira tão harmonicamente carinhosa que só me restou dizer: “tudo bem, seja feliz”. Infelizmente, não foi comigo, não desta vez, não, de novo.
     C’est l avie... você tomba, bate, chora,levanta, sorri... da alguns passos... tomba de novo; acontece nas melhores famílias... e nas piores também.