Sonho
com o dia no qual o mundo se extinguirá repentinamente; digo o chamado “mundo
virtual”. Cresce em meus devaneios imagens completamente apocalípticas de um
colapso informacional. Gostaria muito que o desejo de ter e saber tudo
implodisse o alcance da chamada era digital.
Este
dia aconteceria perto de algum dos grandes dias especiais, que inventaram para
marcar os sub-períodos especiais que temos em nosso calendário inventado. Que
tal o natal? Ou o ano novo? Já que 21/12/12 foi uma furada, quem sabe?
Logo
pela manhã, já acordaremos todos desbaratados, pois não saberemos as horas e
iremos perder os compromissos e prazos. Tudo porque os satélites artificiais
errarão as coordenadas e não saberão nos dizer a posição do sol e do eixo
magnético da terra.
Ao
sair de casa para o trabalho ou estudo, o trânsito estará mais louco que a
loucura habitual. Pois os semáforos estarão todos apagados e quem quiser passar
terá de conseguir consenso.
E
isto não será nada perto do pior. O mundo inteiro arrefecerá de medo diante da
sepulcral e trágica última notícia: aqui jaz o cyberespaço. Carmelitas
descalças chorarão até o fim dos “bites”; especuladores monetários arrancarão
todos os fios de cabelo implantado; indústrias irão cessar completamente; a
depressão tomará conta de todos que perderão seus mais de 500 amigos; não
haverá quem dite o que comer, vestir, falar, pensar.
Neste
dia, finalmente, o rei saberá que está nu. Todas as informações do mundo entrarão
em colapso. Nós descobriremos que no fundo somos sós. E será com profundo
terror e pesar que lamentaremos grandemente o fato de não termos informações em
tempo real sobre tudo o que acontece no interior da Conxinxina do Sul.
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